Efemérides – 9 de junho
1597 – Falece, na aldeia de Reritiba, no Espírito Santo, o Padre José de Anchieta. Ao ser elevada a vila, a povoação passou a chamar-se Benecente, nome porco feliz, que por iniciativa da Assembléia Legislativa Provincial foi substituído pelo do Taumaturgo. Ao morrer, Anchieta contava 63 anos, dos quais 46 dedicados à Companhia de Jesus e 44 a seu apostolado no Brasil. Foi sepultado na capela de São Tiago, na vila do Espírito Santo. Na lápide do seu sepulcro, ê-se o epitáfio: “NIC IACVIT VENE/RAB.P.IOSEPHUS/DE ANVHIETA SOC./I BRASILIAE APOST/ET NOVI ORB.NO/VVC THAVMATURG./OBIIT RERITIBAE/ DIE IX IVN.ANN./MDXCVII”. Em junho de 1609, seus despojos foram trasladados para a Bahia, onde permaneceram algum tempo junto ao altar-mor até a edição do breve de Urbano VIII, “de non cultu”, quando foram retirados e dispersos por várias casas e Colégios dos Jesuítas, inclusive em Roma. De um documento oficial de 12 de abril de 1760, relacionando os bens dos inacinos, que se remetiam da Bahia a Lisboa, verifica-se que havia “um cofre de jacarandá com sua ferragem de prata, em que vão as estimáveis relíquias do Venerável Padre Anchieta e constam de 4 ossos das canelas e 2 túnicas”(cf. Serafim Leite, história da companhia de Jesus no Brasil, II/483,nota 2). Por ocasião do transcurso do IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo, concluía-se que., de Anchieta, existiam, conhecidas, duas relíquias: a) o cofre com sua jaqueta, achado, em 1949, na Faculdade de Ciências de Lisboa; b) osso, vindo de Roma, e que se encontra no Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro. A imprensa, em setembro de 1965, divulgou notícias provenientes de Lisboa, segundo as quais a 17 de abril do ano anterior, teriam sido descobertos na Faculdade de Ciências, ossos do Apóstolo do Brasil. Cogita-se, há algum tempo, de se obter a trasladação dos restos mortais de Anchieta para o Brasil, preferentemente para São Paulo. A 23 de março de 1966, chegou a São Paulo, proveniente de Roma, um fêmur do Venerável José de Anchieta, achando=se definitivamente recolhido ao prédio que se ergue, no Pátio do Colégio, no mesmo local, onde em 1554, auxiliou a esguer a capela e o colégio, em torno dos quais surgiu a cidade.
1615 – Afonso Sardinha e sua mulher, Dª Maria Gonçalves, fazem doação por escritura pública, de seus bens, inclusive as terras de Carapicuíba, ao altar de Nossa Senhora da Graça, no Colégio dos Jesuítas (Cronol.Paulista-J.Ribeiro)
1715 – Por delegação do ouvidor-geral Luis Botelho Queiroz, é erigida a vila de Pintangui (hoje pertencentes a Minas Gerais) pelo paulista Mestre de Campo Antonio Pires de Ávila. (apontamentos-Azevedo marques)
1794 – Nasce, nesta Capital, Joaquim Floriano de Toledo, que viria a ocupar a Presidência da província de São Paulo, na qualidade de Vice Presidente, por mais de uma vez. Seria ainda, Deputado Geral e Provincial, além de ocupantes de vários cargos públicos (Cronol.Paulista -J.,Ribeiro)
1842 – O Presidente da Província, Barão de monte Alegre, comunica ao Governo Imperial o surgimento de rebelião em vilas do norte de São paulo, em apoio da Revolução Liberal, irrompida, em Sorocaba, a 17 de maio deste ano. (Hist. da Civ.paulista-A.Leite; Apontamentos- Azevedo Marques)
1890 – Nasce, em Capivari, o escritor Leonel Vaz de Barros, conhecido literáriamente, por Léo Vaz. jornalista, militou na imprensa paulista, tendo colaborado no “O Estado de São Paulo”, do qual chegou a redator-chefe; ma “A Vida Doméstica”; “A Cigarra”. Foi secretário da “Revista do Brasil” e fundador do “Diário da Noite”
1891 – É eleito,por unanimidade, pelo Congresso Estadual, primeiro Presidente de São Paulo o Dr. Américo Brasiliense de Almeida Melo. Para Vice-Presidente é escolhido o Dr. José Alves Cerqueira César, com 29 votos, contra 12, dado a a Luis Pereira Barreto. (Galeria dos Presidentes de São Paulo- Egas; Hist., da Civ. Paulista -A.leite)
1898 – Aparece o semanário satírico humorista “O Máo”, editado no bairro paulistano do Brás. Tinha por redator-chefe “Malvado”. Dele só é conhecido o primeiro número. (Imprensa periódica-A.Freitas)
1901 – Publica-se, no bairro do Cambuci, na Capital, “o órgão humorístico, satírico, pândego , inofensivo e certeiro em qualquer alvo”, “A Pistola” (Imprensa periódica-A.Freitas)
1904 – É criada a comarca de Rio Preto, hoje São José do Rio Preto.(Folha de São Paulo)
1905 – Aparece, na Capital, em substituição aos jornais “Reclame”, “Lírio” e “Teatro”, o órgão teatral “O Binóculo”. Dedicava-se a assuntos teatrais principalmente, mas, também à crônica e ao movimento artístico.(Imprensa periódica-A.Freitas)
1906 – Surge “O Prelúdio”, órgão do “Centro Artístico do Conservatório”, do Conservatório Musical de São paulo
1906 – Lei municipal, autoriza o prefeito da Capital a mandar construir um viaduto ligando o Largo de São Bento ao Largo de Santa Efigênia.
1910 – Aparece, em São Paulo, o número especial da revista “Semana Paulista”, cujo aparecimento oficial deveria dar-se a partir de 1º de julho (Imprensa Periódica-A.Freitas)
1929 – Toma posse, na Diocese de Cafelândia, seu primeiro bispo, D. Ático Eusébio da Rocha, transferido do Bispado de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio Grande do Sul. Em 15 de dezembro de 1935, seria elevado a Arcebispo de Curitiba. (Hist.Prov.Ecles.SP -Vasco S.Vasconcellos)
1965 – Tem lugar em São Paulo, a primeira comemoração do “Dia de Anchieta”, instituído por Decreto do Presidente da República, comemoração essa organizada pela Comissão especial presidida pelo jornalista Júlio de Mesquita Filho e integrada pelos Sr.s Aureliano Leite, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Eurípedes Simões de Paula, João Fernando de Almeida Prado, César Salgado, Presidente da Associação dos Cavaleiros de São Paulo, Mário Neme, Diretor do Museu Paulista, e Dª Lúcia Falkemberg, Presidente do Instituto histórico Guarujá-Bertioga. Das solenidades que se prolongaram por vários dias, constou uma série de conferências proferidas por personalidades brasileiras e estrangeiras no Pátio do Colégio. Essas conferências e inúmeros outros trabalhos sobre a vida e a obra do Apóstolo do Brasil, viriam a ser reunidas em soberba poliantéia, denominada “Anchietana”.